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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Lei Rouanet apoiará Música Gospel

Na última terça-feira 10 de Janeiro foi publicado no diário oficial da união uma mudança na Lei Rouanet para reconhecer a música gospel, e os eventos relacionados a ela, como manifestação cultural.

Na prática, a presidenta Dilma Rousseff autorizou a mudança na lei que permitirá que artistas do gênero sejam contemplados com recursos previstos na lei de incentivo à cultura.

Segundo artigo publicado no jornal The Guardian, atualmente o mercado da música gospel do Brasil vale 1,5 bilhão de reais, sendo que mais de 60 milhões de brasileiros estão ligados à igreja evangélica.

No Estado do Tocantins o movimento de música gospel tem promovido grandes eventos na capital e em cidades do interior e a partir desta mudança poderá ser contemplada também com este benefício.

Confira o texto de Lei:

http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12590.htm

Lei Rouanet:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8313cons.htm

A Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313 de 23 de dezembro de 1991), conhecida também por Lei Rouanet, é a lei que institui politicas públicas para a cultura nacional, como o PRONAC - Programa Nacional de Apoio à Cultura.

As diretrizes para a cultura nacional foram estabelecidas nos primeiros artigos, e sua base é a promoção, proteção e valorização das expressões culturais nacionais.

O grande destaque da Lei Rouanet é a política de incentivos fiscais que possibilita as empresas (pessoas jurídicas) e cidadãos (pessoa física) aplicarem uma parte do IR (imposto de renda) devido em ações culturais.

O percentual disponível de 6% do IRPF para pessoas físicas e 4% de IRPJ para pessoas jurídicas, ainda que relativamente pequeno permitiu que em 2008 fossem investidos em cultura, segundo o MinC (Ministério da Cultura) mais de R$ 1 bilhão.

A lei surgiu para educar as empresas e cidadãos a investirem em cultura, e inicialmente daria incentivos fiscais, pois com o benefício no recolhimento do imposto a iniciativa privada se sentiria estimulada a patrocinar eventos culturais, uma vez que o patrocínio além de fomentar a cultura, valoriza a marca das empresas junto ao público. No entanto a lei tem sido atacada, em vez de ensinar empresas a investirem em cultura, ensiná-las a fazer propaganda gratuita.

A critica principal é que o governo, ao invés de investir diretamente em cultura, começou a deixar que as próprias empresas decidissem qual forma de cultura merecia ser patrocinada. Outras criticas incluem a possibilidade de fundos serem desviados inapropriadamente[1][2]

Os incentivos da União (governo) à cultura somam 310 milhões de reais: R$30 milhões para a Funarte e R$280 milhões para a Lei Rouanet (porcentagem investida diretamente pela União), enquanto o incentivo fiscal retira dos cofres da união cerca de R$ 1 bilhão por ano.[3]

Em 2010 a Lei Rouanet deveria ter sofrido mudanças. O projeto já foi enviado ao Congresso pelo Governo. Dentre as principais mudanças está a criação de um fundo de R$ 800 milhões gerido pelo Minc, e também uma contrapartida de pelo menos 20% de recursos próprios das empresas nos projetos (atualmente a lei isenta totalmente os investimentos).[4]

Fonte (Wikipédia, a enciclopédia livre: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_Rouanet