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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Cooperativismo Cultural - Uma nova Tendência













“Um novo modelo de gestão”, com esta temática o seminário foi realizado no período de 24 a 28 de Agosto de 2011 onde a Cidade de Rio Branco, Capital do Acre, tornou-se Palco de uma discussão Nacional que envolveu assuntos relacionados ao Cooperativismo Cultural, Relações de Trabalho, Educação Musical, Direitos Autorais, Sistema Nacional de Cultura e a política de economia criativa que está sendo promovida e implantada pelo Minc-(Ministério da Cultura).

Participaram do evento delegações de 17 estados brasileiros, entre eles Tocantins com dois representantes.
O evento foi promovido pelas Cooperativas de Música do Acre (Comac) e de Minas (Comum), em parceria com Sebrae, Organização das Cooperativas do Acre (OCB-AC), prefeitura de Rio Branco, governo do Estado do Acre, contou com a participação de Fóruns Estaduais e com a chancela do Fórum Nacional de Musica. Pela primeira vez tem-se registro de que um seguimento artístico organiza um evento desta natureza em âmbito Nacional sem a tutela do Estado e totalmente coordenado por uma iniciativa privada através do Cooperativismo.
Esta parece que será uma nova tendência de empreender na área Cultural, e de certa forma mais um caminho para a formalização das relações de trabalho.
O empregado passa a ser seu próprio patrão, este é o conceito de Cooperativismo, o movimento surge em resposta ao momento histórico de mudanças de paradigmas e de novos modelos de organização da sociedade civil para exercício do trabalho e ação política que congregue e represente a base de todo um segmento da cadeia produtiva da música.
Diferente de outros movimentos coletivos que pregam apenas a circulação e divulgação como atrativos para as novas gerações de Músicos e Artistas que vem surgindo através de novas tendências e tecnologias, o sistema Cooperativista parece ser um meio mais racional e está voltado mais ao indivíduo dentro do nosso sistema capitalista.
O grande desafio nesta proposta será romper com o individualismo comum no meio artístico e musical, que surgiu a partir da era do rádio e dos grandes festivais de música do século XX, além do monopólio comercial e do modelo político vigente à época. Neste novo conceito a competitividade deverá dividir espaço com o empreendedorismo sustentável e a autonomia profissional focada no espírito solidário do cooperativismo.
Enfim, surge aí mais um modelo nacional na cadeia produtiva cultural na área musical e que de acordo com o sistema deverá alcançar outras áreas segmentadas.
A ação além de ter alcançado seus objetivos através da união das Cooperativas Estaduais e da formulação da carta de Rio Branco, foi extremamente significativa por ter sido realizada na Amazônia em um dos Estados da Federação mais distantes do Eixo Rio-São Paulo.
O Estado do Acre está de parabéns por ser pioneiro nesta iniciativa.